segunda-feira, 5 de novembro de 2007

A cruz e o cateter

Deus me colocou
entre a cruz e um cateter.
Não disse nada,
Nem mandou anjos.

Cresci calado
E aos poucos fiz-me poeta.

Desprezei igualmente
Ciência e religião.

O amor pelas palavras
Abracei.

Confesso:
Sou amante do invisível:
nunca da ilusão!

Viajo o mundo num instante
Se fecho os olhos e abro o coração.
Não há ciência nessa viagem,
Nem religião no seu destino.

Lá é simplesmente
onde todos somos anjos
Num sonho de verão.

2 comentários:

bernardo.vianna disse...

muito bons os dois poemas... são novos esses?

Bruno Cave disse...

São novíssimos... nem entraram no livro.