Deus me colocou
entre a cruz e um cateter.
Não disse nada,
Nem mandou anjos.
Cresci calado
E aos poucos fiz-me poeta.
Desprezei igualmente
Ciência e religião.
O amor pelas palavras
Abracei.
Confesso:
Sou amante do invisível:
nunca da ilusão!
Viajo o mundo num instante
Se fecho os olhos e abro o coração.
Não há ciência nessa viagem,
Nem religião no seu destino.
Lá é simplesmente
onde todos somos anjos
Num sonho de verão.
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
A cruz e o cateter
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2 comentários:
muito bons os dois poemas... são novos esses?
São novíssimos... nem entraram no livro.
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